Com mais de 120 obras e 3,5 mil quilômetros de rodovias em recuperação em todo estado, o Provias já gerou mais de 60 mil postos de trabalho em Minas, em cerca de 1 ano e meio de existência. As vagas abrangem tanto as funções operacionais ligadas às obras de recuperação das rodovias quanto às atividades indiretas em setores como transportes, alimentação, hospedagem, dentre outros.
Os números têm como base a metodologia Núcleo de Economia Regional e Urbana (Nereus), da Universidade de São Paulo (USP). Segundo o assessor-chefe de Gestão Estratégica do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Rodrigo Colares, “as correlações entre os setores dos ‘insumos’ e dos ‘produtos’ permitem a projeção de indicadores como empregos, renda e impostos”.
É o caso de Jailton Vasconcelos, de 58 anos, morador de Papagaios. Ele trabalha na obra de pavimentação da rodovia MG-060, que liga seu município a Pompéu. Depois de passar mais de um ano sem emprego formal, uma nova oportunidade bateu à porta.
Há sete meses, Jailton voltou ao mercado de trabalho por meio de uma empresa que presta serviço ao Provias, atuando como montador industrial. “Fiquei desempregado quase um ano e meio e, hoje, tenho carteira assinada”, comemora.
Outra história é a do mecânico de máquinas de terraplanagem, Eduardo Lopes de Oliveira (38), de Brasilândia de Minas, no Noroeste do Estado, que saiu da informalidade em função das obras na LMG-690, no município de Paracatu, no Noroeste de Minas.
“Quando a empresa chegou aqui, meu cunhado foi quem me disse para eu entregar o currículo. Na época eu era autônomo, hoje estou ‘fichado’. É ótimo porque você fica amparado, os boletos chegam e você consegue pagar”, relata Eduardo.
Provias
O Provias é o maior pacote de obras rodoviárias da última década. Os investimentos são da ordem de mais de R$ 4 bilhões e, até o momento, o programa gerou 61.657, sendo 15.000 empregos diretos e 46.047 indiretos.
Com o avanço do programa, a expectativa é que a malha rodoviária sob responsabilidade do DER-MG seja requalificada, trazendo mais segurança aos usuários, além de ganhos logísticos para o setor de transportes.