O governo de Minas anunciou nesta quarta-feira (26/7) que a ponte de 195 metros sobre o Rio Paracatu, situada na LMG-680, no Noroeste de Minas Gerais, foi inaugurada na terça-feira (25/7). Promessa antiga para a região, a estrutura encurta a ligação entre os municípios de Paracatu e Brasilândia de Minas e, consequentemente, tem a missão de dar mais vazão ao escoamento da produção agrícola na região marcada por áreas extensas de plantação de milho, soja, feijão e cana-de-açúcar.
Viabilizada por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), a obra se arrastou por uma década, tendo sido iniciada em 2013 e paralisada no ano seguinte. A retomada dos trabalhos só aconteceu em maio de 2022.
A construção da ponte integra um conjunto de intervenções viárias nos últimos dez anos em Minas, intitulado Provias, que tem como objetivo, segundo o governo, reverter a “situação precária em que se encontram muitas rodovias” no estado em decorrência do “baixo investimento realizado por gestões anteriores na manutenção das estradas”. Nessa toada, o programa, ainda conforme o governo do Estado, conta com quase R$ 2,5 bilhões em investimentos, que estão sendo aplicados em 122 intervenções em rodovias de Norte a Sul do estado.
Para o superintendente administrativo da Associação dos Municípios do Noroeste de Minas (Amnor), Vânio Ferreira, a inauguração do empreendimento é sinal da chegada do progresso após intensa morosidade do poder público na aplicação de políticas para desenvolvimento da região.
“Há mais de quatro décadas que nós aguardávamos a construção dessa ponte. Trata-se de um elo de desenvolvimento entre Paracatu, João Pinheiro e Brasilândia de Minas, facilitando o escoamento não só entre essas cidades, mas para Pirapora, onde há o ‘porto seco’. Lá, os grãos são recebidos e escoados nos trens. Isso barateia os custos, pois gera economia, por exemplo, nos valores dos fretes”, avalia Ferreira em entrevista ao Estado de Minas.
Segundo ele, antes, a distância entre Paracatu e Brasilândia de Minas ficava em torno de 180 quilômetros, o que dificultava, inclusive, o tráfego de universitários. “Agora, o deslocamento ficará em torno de 110 quilômetros. Então, além do escoamento mais facilitado da produção agrícola, os estudantes de Brasilândia, que fazem faculdade em Paracatu, vão percorrer um trajeto menor de ônibus todos os dias”, completa.
Em comunicado, o governo de Minas diz que a pavimentação de um trecho de 68 quilômetros da LMG-680 — também conhecido como “Estrada de Entre Ribeiros” — está em curso. A referida área possui cerca de 73 mil alqueires de terra, onde estão instaladas duas usinas de beneficiamento de cana-de-açúcar.
O restante do trecho da LMG-680 será pavimentado através de processo licitatório que, segundo o secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno, será lançado em agosto.
Nesse sentido, na construção da ponte e nas obras de melhorias e pavimentação da rodovia LMG-680, o investimento é de R$ 45 milhões. “Desse total, R$ 25 milhões são recursos do Estado provenientes do Termo de Reparação assinado com a Vale em decorrência do rompimento da barragem em Brumadinho. Outros R$ 20 milhões são fruto de convênio assinado entre o governo do Estado, a Prefeitura de Paracatu e a Associação dos Beneficiários da LMG-680”, finaliza o governo.
Fonte: Estado de Minas